quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Mulheres ao volante ... segurança constante !?

Pelos vistos houve alguém que não tinha nada para fazer, e decidiu fazer um estudo para ver qual dos sexos era melhor ao volante. E o resultado foi ... as mulheres são melhores que os homens ao volante.
Para dizer a verdade quando li o titulo da noticia pela primeira vez nem liguei, e fui ler sobre o Paulo Bento ser o novo seleccionador nacional, que era muito mais interessante.


Mas como as noticias hoje não eram grande coisa, e como não tinha nada para fazer, resolvi dar uma olhadela. Segundo um estudo feito por uns Americanos, as mulheres são mesmo as melhores condutoras. Tem menos acidentes, e quando batem são acidentes de menor gravidade.

Quando era miúdo lembro-me de ouvir dizer: "Mulheres ao volante, perigo constante.". Será que isso ainda é verdade? Eu tenho más experiências com mulheres a conduzir, devo admitir. Já estive num acidente em que uma menina trocou o acelerador pelo travão. O BM que seguia a minha frente bateu no carro da menina, e eu bati no BM.

Como é óbvio a culpa foi nossa que seguia-mos a traz, e quem bate por traz tem a culpa. A não ser que a menina tivesse com os copos, o que explicava a troca dos pedais, mas não foi esse o caso. Imaginem ela a contar aos amigos que se enganou nos pedais, sem ter bebido nada! Eu mentia e dizia que tinha bebido duas garrafas de whisky, a vergonha era demasiado grande.


Mas o estudo explica que a eficácia na condução não tem a ver com a habilidade do condutor, mas sim com a agressividade com que se conduz. O que realmente faz sentido, porque certa vez apanhei uma condutora que seguia no seu Pegeout a 40 km/h numa estrada com traço continuo e ainda travava nas curvas.

Ao final de uns quantos quilómetros a minha agressividade tinha passado a níveis bíblicos, só queria era enfiar o meu carro no Pegeout dela (para não dizer outro sítio), só para acabar com aquilo. Tudo isto comprova o estudo feito, os homens são mais agressivos a conduzir que as mulheres.


Certa vez fui com uma colega de trabalho a uma reunião. Primeiro ela não conseguia manter uma velocidade constante na autoestrada e ia sempre aos solavancos, o meu pequeno almoço ia ficando no caminho. E quando chegamos ao destino foi em direcção a uns trabalhadores numa rotunda em obras levando uns cones a frente, e só parou quando lhe dei um grito.

Nunca tive tanto medo na minha vida, até anos depois andar num VW Lupo a 150 km/h. Medo muito medo. Mas ela nunca chegou a bater com gravidade, tirando uns quantos cones amassados. Provavelmente se fosse um homem, tinha ido a um milhão de km/h contra os trabalhadores, e eu tinha morrido num carro voltado ao contrario em uma grande bola de fogo.


Nesta altura devem estar a pensar, "Como raio é que ela não viu os cones nem os trabalhadores ?!". Bem, ela ia demasiado ocupada com o telemóvel a escrever uma mensagem ou coisa do género. O que é estranho porque geralmente as mulheres conseguem fazer varias coisas a mesmo tempo. Falam ao telefone, escrevem no computador e ainda fazem o jantar. Eu para escrever no blog só posso estar a fazer isto, não consigo fazer mais nada, nem ouvir música.

Portanto um estudo interessante e pelos visto 100% correcto, mas até que ponto isto é novidade? Bem se me perguntarem a mim, já sabia isto desde que os Romanos saíram da Península Ibérica, o que já faz uns aninhos. Para mim não é novidade nenhuma, as mulheres são melhores que os homens em quase tudo. Eu por exemplo preferia andar de carro com a miúda do Schumacher do que com ele.


Mas pronto isto é só a minha opinião ... há gostos para tudo.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Carros a pilhas

Nos dias de hoje fala-se muito em carros eléctricos e como são o futuro. Não sigo com muita atenção as noticias deste tipo, porque para dizer a verdade não são muito interessantes. Mas ultimamente tem sido uma enchente de noticias de lançamentos de novos carros eléctricos, basicamente todas as marcas tem um carro pronto a lançar no mercado.

Então resolvi que séria uma boa altura para ver se tudo o que se diz acerca destes carros é verdade, e se finalmente alguém tinha conseguido fazer um carro a pilhas que realmente funciona. Estive a ver os carros que em breve sairão no mercado português o Nissan Leaf, Mitsubishi i MiEV, os Renault ZE e o Opel Ampera todos muito amigos do ambiente todos com grandes promessas para salvar o planeta, mas a meu ver existem uns quantos problemas com estes veículos no mundo real.


O problema com o uso de baterias para mover as rodas é a autonomia. Um carro eléctrico tem uma autonomia de 160 km (Nissan Leaf e iMiEV) enquanto um carro a combustíveis fósseis tem basicamente autonomia ilimitada, acaba a gasolina vai-se a bomba e mete-se mais, 5 minutos depois estamos outra vez a caminho.

Com os eléctricos isso não funciona bem assim, quando a bateria acaba tem de ser recarregada e para recarregar leva uma eternidade. Basta ver o telemóvel que usamos todos os dias, leva uma eternidade a recarregar e fica sem bateria quando mais se precisa dele.

Pode-se dizer que um carro eléctrico é brilhante a curtas distancias e a baixas velocidades. Mas quando chegar o dia em que temos de ir a um local que fica a 80 ou 90 km? Primeiro vamos chegar tarde porque não podemos nem conseguimos ir depressa porque gasta a bateria. E como fomos tão devagar, quando regressarmos a casa provavelmente já é de noite e temos de usar as luzes, o que gasta a bateria. Eventualmente vai ficar sem bateria a meio do caminho, e vai ter que esperar até ao próximo século para acabar de recarregar as baterias e voltar a casa.


Para dizer a verdade sei que estou a ser um pouco injusto, na verdade quem comprar estes carros nunca vai levar as baterias até ao fim. A razão disto acontecer é simples, carros eléctricos não são carros divertidos. E este é o segundo problema com estes carros.

Sabem aquele tipo de pessoa que quando sai a noite para beber um café com os amigos, passa o tempo todo a falar dos médicos, exames estúpidos que fez e as doenças que teve ? Não é um exemplo de uma pessoa divertida, e o mesmo acontece com este tipo de carros são monótonos e aborrecidos. Ninguém os vai conduzir longas distancias com medo de morrer de tédio.

Então quem comprar estes carros provavelmente vive numa cidade. Vai utilizar o carro para ir para o escritório e ir buscar os miúdos a escola passar no supermercado, pequenas distancias. Um carro pequeno fácil de estacionar, com espaço na mala e barato de carregar as baterias, os fabricantes anunciam valores a volta de 1€ por cada 100 km. Brilhante, mas há um problema com isto também.

Eu vivo numa cidade e se olhar pela janela consigo ver que a maior parte dos carros estão estacionados na rua, e quem comprar o seu carro eléctrico vai deixar o seu carro na rua onde há montes de espaço, mas não há onde ligar o cabo da electricidade para carregar as baterias. Então vai ter de o guardar numa garagem que tenha local onde ele possa ser recarregado, a minha garagem por acaso não tem, fui ver ontem a noite. E isso é um grande inconveniente porque maior parte das pessoas não tem onde carregar o carro.
Na verdade isto nunca vai acontecer. A maior parte das pessoas nunca vão ter este problema porque a maior parte das pessoas não tem possibilidades para comprar um carro eléctrico. Os preços anunciados para Portugal começam entre os 30 e 35 mil euros, o que é uma enorme quantidade de dinheiro por um carro que não consegue ir de Faro ao Porto num só dia.

Sinceramente eu quero que os carros eléctricos funcionem, quero que as pessoas os comprem e que cada vez mais pessoas os utilizem, não quero que sejam apenas carros a pilhas, com autonomia minúscula e preços astronómicos. Eu não compraria um, mas se eles funcionarem no mundo real os preços da gasolina e do gasóleo baixam, e nesse caso quem gosta de carros pode conduzir um carro decente, sem ter de deixar o ordenado na Galp.

De certo modo os carros eléctricos são a melhor coisa que pode acontecer a quem gosta de carros e de conduzir, preços baixos nos combustíveis e as estradas vazias porque ninguém tem bateria para ir a lado nenhum ...